O que dizer de uma educadora de infância que incita a que se maltratem encarregados de educação? Que promove discussões e insultos em reuniões, que apenas deveriam servir para debater assuntos relativos ao ensino das crianças?
O que dizer de encarregados de educação que insultam outros gratuitamente? Pessoas sem nível nem educação com as quais terei de conviver durante mais um ano lectivo. Pessoas que não pensam pela própria cabeça, nem aceitam que os outros o façam e por isso maltratam.
Naquela escola não se pode sequer pedir uma factura de um livro que comprei para o meu filho, não se pode querer saber onde foi gasto o dinheiro que dei mensalmente para material escolar, porque já estarei a ser chamada de picuinhas e a pôr em causa a honestidade do encarregado de educação que gere esse dinheiro.
Estou farta e cansada de ter de lidar com este tipo de gente, que quer obrigar os outros a fazer coisas com que não concordam, mas infelizmente não tenho meios para mudar os meus filhos de escola. A educadora este ano será outra e ainda tenho uma réstia de fé de que não permita estes comportamentos abusivos de certos encarregados de educação em relação a outros. Eu, como professora, certamente não permitiria estas atitudes, nem em reuniões nem no recinto escolar.
Tento agarrar-me às coisas boas e felizes que tenho na minha vida, os meus filhos, o meu marido, o meu casamento feliz, o sucesso do meu recente projecto profissional, a família mais próxima e a alargada, ao bem que tenho feito a muita gente, às pessoas que me querem bem, a quem sou grata e a quem grata me está. Mas não é fácil quando há estas coisas a tentarem perturbar a minha sanidade mental, eu bem tento não pensar nelas, não lhes dar importância, mas elas estão lá e saber que terei de conviver com elas deixam-me muito triste. Porque eu não posso deixar de ser quem sou, nem deixar de querer defender os interesses dos meus e aquilo em que acredito só para fazer o que a maioria quer, só para seguir o rebanho.