quinta-feira, 24 de maio de 2012

Amamentação

Volta e meia deparo-me com escritos sobre amamentação em revistas, blogues, facebook, etc. Deparo-me com afirmações de mães como: "foi um alívio deixar de amamentar", "amamentar foi uma tortura", "se tiver outro filho não vou dar mama", "quando o meu leite secou foi uma alegria", "o meu filho nunca mamou e é saudável", "o mais importante para o bebé não é a mama, é a mãe estar bem" etc., etc. E todas estas afirmações são merecedoras de aplausos, como se o esforço para amamentar não valesse a pena ou fosse mesmo visto como uma obcessão, desvalorizando-o.
A verdade é que amamentar não é fácil para muitas mães, exige sacrifícios, causa dores. Mas não é o fim do mundo e com preserverança tudo é possível. Não estou a dizer que se deva insistir a todo o custo até dar em maluca, por exemplo, o que estou a dizer é que por vezes a realidade não corresponde às expectativas que tínhamos e temos de nos esforçar mais para conseguirmos o que queríamos, porque o que tenho aprendido ao longo da minha ainda curta existência é que com esforço tudo se consegue.
No meu caso pessoal não amamentei o Minúsculo mais tempo porque não me esforcei o suficiente, porque não soube escutar bons conselhos e dei ouvidos a vozes que me diziam que o biberão também era muito bom. No imediato, sim, foi muito bom, foi um alívio para mim e óptimo para ele ter uma mãe mais bem disposta. Mas hoje em dia olho para trás e nunca vou deixar de sentir que lhe devo isso, ele merecia que me tivesse esforçado mais para conseguir. Não foi de todo uma decisão informada. No caso da Minúscula não me permiti cair na mesma asneira, informei-me, mentalizei-me que a ía amamentar mesmo antes de a "fazer". E com esforço, dores, sacrifício consegui. Consigo, aliás, mas já sem incómodos claro, que esses duraram apenas cerca de duas semanas.
Eu não pretendo criticar ninguém, nem quem deixa de dar mama cedo, nem quem a dá até tarde. São decisões e como tudo na vida são responsabilidade de quem as toma, mas acima de tudo, deviam ser decisões informadas. E talvez as pessoas devessem estar mais conscientes de que, querendo, é possivel ultrapassar as dificuldades, ter mais um pouco de espírito de sacrifício e de que é preciso esforçarmo-nos para conseguirmos aquilo que queremos. Porque a recompensa, que é a satisfação de atingirmos os nossos objectivos e de dar o melhor aos nossos bebés, essa não tem preço.

13 comentários:

Blog da Maggie disse...

Pois comigo foi diferente, nunca pensei em amamentar, nunca desejei, sempre tive a ideia de que amamentar não era para mim. Apenas cedi porque a pressão para amamentar foi mta, nunca gostei da ideia de pôr as maminhas ao léu e vai de alimentar a criança, sempre me pareceu primitivo,não me deixa confortável, não gosto, pronto.
Resultado: a miuda mais velha passou mta fome no 1º mês e apartir daí foi sempre biberon. Não me arrependo de não ter amamentado, elas são bonitas saudáveis e felizes e isso é que importa.

Felicidades
Maggie

Ana disse...

Eu tb amamentei 15 meses e sempre afirmei q a maioria dos problemas está na cabeça! Informei-me o mais possível antes do parto: descobri o melhor creme para mamilos gretados, como aumentar a produção de leite caso começasse a escassear, nao ser rígida naquele disparate d apenas 10 minutos em cada mama porque ficava com fome, horário livre, mamava o q queria e quanto tempo queria. Bebia muito mais água, deixei de comer absolutamente tudo o q lhe faria cólicas... Enfim tb conheces tds os truques! A informação é o + importante, em tudo na vida!

Vânia e Mariana disse...

Olh, eu acho importatissimo a amamentação, quem me dera ter cosneguido dar mais tempo...e eu tentei....alias usei a maquina durante 1 mes, só p conseguir dar-lhe uma refeição do dia c o meu leite, e acredita ai sim, era horrivel tar c a maquina, estraguei o meu peito todo...MAs fi-lo porque é bom para a minha filha...
E não "concordo" com quem seca o leite e nem tenta a amamentação...
Mas percebo quem tenta e não cosnegue, por dores, seja o que for (eu nunca tive dores, nem problemas, no pouco tempo que dei de mamar), acho que não se deve julgar quem da de mamar até aso 4 anos nem quem deixa de dar a 1 mes porque não aguenta as dores, etc....
E acho que muito boa gente tenta sempre julgar os outros, e isso revolta-me e com isso não concordo....

beijinhos,

Rainha disse...

Concordo contigo. A minha experiência permite-me dizer que ainda que nem sempre seja fácil, e comigo não tem sido, vale a pena. A satisfação que tanto ela como eu retiramos da amamentação é gratificante. Compensa todos os esforços. Lamento que exista tanta desinformação e preconceito sobre este tema.

mãe pimpolha disse...

Olha a minha resposta está no blog. LOL
Beijocas

Paula Pedrosa disse...

Olá! Primeira vez por cá. As evidências de que a amamentação é o melhor para mãe e filho são mais que muitas. Eu sou uma defensora da amamentação. Não critico quem não amamenta por opção mas irrita-me que a maioria arranje mil e uma desculpas para não o fazer. Ou que não tinham leite, ou que o leite era fraco e o menino não crescia... Adoro a do leite fraco... Pode ser falta de informação mas quanto a mim na maior parte dos casos são desculpas esfarrapadas. Já que ninguém lhes pede satisfações porque não dizerem: "Sei que a amamentação é a melhor coisa mas eu não dou porque não me apetece.Apetece-me dividir as noites mal dormidas com o pai e etc e tal..." E ninguém tem nada que criticar.
Como em tudo na vida cada um sabe o que é melhor para si e para os seus. =)

Sofia disse...

Detestei a pressão que puseram em cima de mim para amamentar. Detestei. Se fosse hoje, tinha mandado muito boa enfermeira pró-amamentação para a senhora-que-a-deu-à-luz.
E, no meu caso, as informações que me deram custaram 2 meses de fominha ao meu rico filho, pois tanto insistiram que o leite da mama é que é bom e blá blá blá e ninguém, mas ninguém se preocupou em perceber se havia algum problema com o miguel. O problema era eu, que não dava mama suficiente e toda a gente me massacrava: "espete a mama assim, espete a mama assado"...só ao fim de 2 meses é que perceberam que ele tinha refluxo.
Por isso, num próximo filho, vou mandar toda a gente para um sitio muito feio se me vierem com histórias de "dar o melhor de mim", "esforçar-me" "fazer sacrificios pelo meu filho"...
Nas minhas mamas quem manda sou eu e ninguém tem nada a ver com isso. Ai da primeira alminha que me julgue.
Bjinhos

Anónimo disse...

pois eu acho q quem n amamenta é preguiçosa e ignorante, pq se teve um bebé tem o dever de o alimentar da forma natural..
enfim mas pra umas ter filhos é so mesmo para ver se os gajos n lhes fogem lol

Sofia disse...

loool
eu leio cada coisa...

Full-time Mom disse...

Também gostaste do meu anónimo, Sofia? Adoptei-o num canil de anónimos, estava para abate e tive pena... Mas não temas, só ladra, não morde! ;)

Princesa sem Reino disse...

Uma coisa é tomar decisões informadas, concordo plenamente. Outra coisa que infelizmente "está na moda" é ser taradinha da amamentação, em que quem não amamenta deveria ser excomungado. Cada caso é um caso e cada um sabe de si. As mamas são de cada uma e cada uma faz o que acha melhor para si e para o seu filho. É uma opção da mulher e que só a ela lhe diz respeito!
Gostei do teu blog!
Beijinhos

Ana Lemos disse...

Concordo com a Princesa, eu fui um bocadinho a taradinha da amamentação que teimava em nao vir...e eu sempre a tentar...foi horrivel...por isso tambem percebo quem nao queira passar por isso.

E tambem gostei do seu blog!
Um beijinho

Baby Me disse...

Dei de mamar tanto à baby L. como ao baby P. (deste baby mais tempo) e adorei... Sofri muito mesmo, dores, mastites, febre, mas com acompanhamento tudo se consegue. Acho que o problema é mesmo esse falta de informação e acho que só no 3º filho é que vou conseguir fazer tudo como gostava, pois só quando já estava no fim da etapa da amamentação do baby P. é que descobri profissionais que conseguem explicar e ajudar tudo.

Mas concordo que as desculpas são mais que muitas e não é necessário, porque cada um faz o que acha melhor e gosta :) BJS